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PARVOVIROSE CANINA E PANLEUCOPENIA FELINA

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O que e? Estas enfermidade são as mais contagiosas que atingem a cães e gatos filhotes e que chegam a causar óbitos senão forem tratados rapidamente em 48 a 72 horas.

As doenças provocam  inflamação e destruição das células da mucosa interna do intestino. Em gatos acontece de forma semelhante.

Como se contagia?

A infecção ocorre através da via fecal-oral.  O vírus pode sobreviver e permanecer infeccioso por muitos meses no ambiente, a contaminação ambiental tem um papel fundamental na transmissão da doença. Afeta cães e gatos de qualquer idade, raça ou sexo, desde que estes animais não estejam vacinados corretamente (usando esquemas vacinais confiáveis, elaborados pelo médico-veterinário e usando um mínimo de 3 doses de vacina de qualidade para filhotes e 1 dose de qualidade anualmente para adultos já vacinados quando filhotes). A ocorrência se dá, na maioria dos casos, quando o cão apresenta cerca de 2 a 6 meses de idade, não está vacinado corretamente e tem livre acesso à rua. A vacinação contra complexo respiratório felino e panleucopenia (tríplice felina) deve ser realizada em todos os filhotes, com revacinação anual. Todos os filhotes de gatos devem receber a primeira dose de vacina tríplice por volta de 60 dias de idade e mais duas doses de reforço com intervalo de 21 a 28 dias. Depois dessa primeira vacinação, devem receber reforços anuais. No caso de animais com risco de clamidiose ou leucemia, o protocolo é feito com a vacina quádrupla ou quíntupla, respectivamente. O custo de uma vacina varia de acordo com a região da clinica, mas o preço médio é de 80 reais para a tríplice 60 reais para a quadrupla e quíntupla e 45 reais para a antirrábica, lembrando que a vacina contra a raiva (antirrábica) é fornecida gratuitamente pela prefeitura dos municípios, no centro de controle de zoonoses.

O que provoca?

O parvovírus canino uma vez instalado no organismo do animal, causa anorexia (perda do apetite), depressão, febre, vômito, diarréia líquida de grande volume e hemorrágica com desidratação rápida e progressiva, ulceras na cavidade oral em gatos. Podem se desenvolver também quadros de hipotermia (diminuição da temperatura corpórea normal), icterícia (amarelamento da pele e mucosas devido à hepatite) e infecção bacteriana secundária. O parvovírus tem extrema atração pelo músculo cardíaco, causando miocardite e levando ao quadro de insuficiência cardíaca com dificuldade respiratória, fibrose do miocárdio e por fim o óbito.

Alguns fatores contribuem para aumentar a severidade da doença, como o estresse, condições desfavoráveis, infecções bacterianas secundárias, ação conjunta de outros vírus (cinomose, coronavirose, etc.) e endoparasitismo (verminose). 

Atendimento veterinário?

O tratamento é principalmente de suporte à vida do paciente, ou seja, não existe uma medicação anti-viral específica para o parvovírus canino. O básico é soroterapia endovenosa, protetores e restauradores (cicatrizantes) da mucosa interna intestinal, anti-hemorrágicos e antibióticos. Portanto o fundamental é o controle do equilíbrio hídrico-eletrolítico e o combate aos agentes aproveitadores (infecções secundárias, como bactérias, por exemplo). Com isso tenta-se dar força para que o organismo do animal possa produzir anticorpos (células de defesa) contra o parvovírus. O período de tratamento intensivo (internação) geralmente dura de 5 a 10 dias. 

Como eliminar o vírus do ambiente?

Quando há (ou houve) um animal doente em casa é preciso higienizar o local todos os dias (por vários dias) usando água misturada com água sanitária (passar no ambiente e deixar agir até secar sozinho).

Dr. Jorge Terrazas

CRMV: 06755. CAMBORIU – SC.